terça-feira, novembro 27, 2012

Eu preciso de reforma ....

O termo “reforma” tem sido evitado por muitos, exatamente por fazer lembrar de movimentos ou pessoas extremistas que causaram prejuízos à compreensão da graça maravilhosa de Cristo. Assim, milhares foram conduzidos ao legalismo e, como conseqüência, uma vida triste e espiritualmente fracassada.
Hoje, parece que algo diferente está acontecendo. Estamos ouvindo a palavra “reforma” sendo anunciada como um “apelo urgente” pela própria igreja. Mas estamos realmente necessitando de reforma? E, qual o significado desta reforma?
Ao longo da história bíblica encontramos todos os profetas de Deus pedindo reformas para o povo de Deus, ou seja, eles pediam mudança de hábitos, práticas, ideias e teorias.
Sabemos que Deus tem um plano para cada área da vida humana. Sendo assim, podemos fazer uma profunda avaliação para verificarmos se estamos dentro do plano de Deus para cada área da nossa vida ou não. Observe de forma rápida as principais áreas da vida humana e o plano de Deus:
1. Área espiritual – a Palavra de Deus na mente e no coração;
2. Área física – os oito remédios da natureza;
3. Área financeira – a proposta de fidelidade e gratidão (dízimos e ofertas);
4. Área social – o plano de desenvolvimento e crescimento integral;
5. Área emocional – a Lei Moral de Deus;
6. Área mental – a preservação da mente pela vigilância dos cinco sentidos;
7. Área laboral – a convocação para o serviço e missão de Cristo.
Isaías, um dos grandes profetas reformadores, fez o seguinte apelo ao povo: “Ai dos filhos rebeldes, diz o SENHOR, que executam planos que não procedem de mim e fazem aliança sem a minha aprovação, para acrescentarem pecado sobre pecado! Que descem ao Egito sem me consultar, buscando refúgio em Faraó e abrigo, à sombra do Egito! Mas o refúgio de Faraó se vos tornará em vergonha, e o abrigo na sombra do Egito, em confusão. Porque os príncipes de Judá já estão em Zoã, e os seus embaixadores já chegaram a Hanes. Todos se envergonharão de um povo que de nada lhes valerá, não servirá nem de ajuda nem de proveito, porém de vergonha e de opróbrio” (Isaías 30:1-5).
O profeta revela a condição de rebeldia do povo e apresenta suas atitudes:
1. Executam planos que não são de Deus;
2. Fazem acordos sem a aprovação do Senhor;
3. Pedem conselhos para os egípcios;
4. Buscam a proteção e abrigo dos egípcios.
Em seguida, ele apresenta as consequências de preferir os conselhos e planos do Egito:
1. Ai dos filhos rebeldes, o refúgio do Egito se tornará em vergonha;
2. O abrigo se tornará em confusão;
3. Todos serão envergonhados.
Parece-me que o problema de Israel e sua realidade se assemelham ao nosso. Necessitamos de mudanças urgentes para vivermos também a experiência de renovação da vida espiritual, um avivamento das faculdades da mente e do coração e uma ressurreição da morte espiritual.
Contudo, “a reforma não trará o bom fruto da justiça a menos que seja ligada com o reavivamento do Espírito. Reavivamento e reforma devem efetuar a obra que lhes é designada, e no realizá-la, precisam fundir-se”  .
O Espírito Santo é o único que pode nos conduzir às mudanças necessárias em nossa vida para que, finalmente, como igreja, estejamos com os pés e o coração dentro do grande plano de redenção de Deus. Sendo assim, clamemos juntos pelo derramamento do Espírito sobre cada um de nós para termos poder para vivermos a tão urgente experiência de reavivamento e reforma.

A luta é espiritual....

A Luta é espiritual
Ef 6.12 - “Pois não temos que lutar contra a carne e o sangue, e, sim, contra os principados, contra as potestades, contra os poderes deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais da maldade nas regiões celestes.”
Lc 4.18 - “O Espírito do Senhor está sobre mim, pelo que me ungiu para evangelizar os pobres; enviou-me para proclamar libertação aos cativos e restauração da vista ao cegos, para pôr em liberdade os oprimidos.”
Cl 1.13-14 - “Ele nos libertou do império das trevas e nos transportou para o reino do Filho do seu Amor, no qual temos a redenção, a remissão dos pecados.”
Mt 16.18b - “...as portas do inferno não prevalecerão contra a igreja.”

Aquele que não se prepara é como o rei descrito por Jesus em Lucas
Lc 14.31-32 - “Ou qual é o rei que, indo para combater outro rei, não se assenta primeiro para calcular se com dez mil homens poderá enfrentar o que vem contra ele com vinte mil? Caso contrário, estando o outro ainda longe, envia-lhe uma embaixada, pedindo condições de paz.”

  – A nossa batalha é nas regiões celestes
Precisamos conhecer os lugares desta batalha, e onde nos encontramos:
Paulo define que é nas regiões celeste que se desenvolve esta guerra.

Vejamos:
O lugar onde Deus está:
Ef 1.3 - “Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que nos tem abençoado com toda sorte de bênção espiritual nas regiões celestiais em Cristo.”

O lugar onde Jesus, depois de ressuscitado está:
Ef 1.20 - “o qual exerceu ele em Cristo, ressuscitando-o dentre os mortos e fazendo-o sentar à sua direita nos lugares celestes.”
O lugar daqueles que aceitaram a Jesus como salvador, é o lugar da igreja:
Ef 2.4-6 - “Mas Deus sendo rico em misericórdia, por causa do grande amor com que nos amou, e, estando mortos em nossos delitos, nos deu vida juntamente com Cristo, - pela graça sois salvos, e, juntamente, com ele, nos ressuscitou e nos fez assentar nos lugares celestiais em Cristo Jesus.”
O lugar dos principados e potestades do império das trevas:
Ef 3.10 - “para que, pela igreja, a multiforme sabedoria de Deus se torne conhecida, agora, dos principados e potestades nos lugares celestiais.”
O lugar da guerra:
Ef 6.12 - “Pois não temos que lutar contra a carne e o sangue, e, sim, contra os principados, contra as potestades, contra os poderes deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais da maldade nas regiões celestes.”
A chave é a oração:
Ef 6.18 - “com toda oração e súplica, orando em todo tempo no Espírito e para isto vigiando com toda perseverança e súplica por todos os santos.”

Só há uma maneira para entrarmos nas regiões celeste para guerrearmos: é a oração.
A oração é o combustível que move os anjos do Senhor. A oração move o braço de Deus em favor da pessoas pelas quais estamos intercedendo para serem salvas.

Exemplos bíblicos de guerra espiritual:
Daniel – Dn 10.1-3, 13
Jesus – Lc 4.1-2
Paulo – At 16.16-18 e 19.1-20

Os grandes avivamentos só acontecem como resultado das orações do povo de Deus.

  – As nossas armas de guerra
a – Arma de defesa – O sangue de Jesus – Hb 9.18-22; Ex 12.23; I Jo 1.7
b – Arma de ataque – O nome de Jesus – Mc 16.17-18; Lc 10.19; Jo 14.14
c – Arma de apoio – Os anjos de Deus – Sl 34.7; Sl 91.11; Hb 1.13-14
d – Arma estratégica – Unção com óleo – Is 10.27; Mc 6.13; Tg 1.14
e – Armadura de Deus – Ef 6.13-17
 
Chave principal: “Fortalecei-vos no Senhor e na força do seu poder.” Ef. 6.10
I – Capacete da salvação – Para proteger a mente, onde está o livre arbítrio.
II – Couraça da justiça – feita com o sangue de Jesus , que nos justifica e protege as nossas emoções.
III – Calçado com a preparação do Evangelho da Paz – Is 52.7
IV – Escudo da Fé – Sl 5.12; 7.10; 18.2; 18.30; 28.7; 84.11; 89.18; 91.4; 115.9
V – Espada do Espírito – Lc 4.1-13; Hb 4.12; Ap 1.16; Ap 19.15
VI – O cinto da verdade – Pv 6.16-19; Cl 3.9; Jo 8.44; Ef 4.25; Jo 8.44

Conclusão: Agora você está preparado para entrar em guerra que já tem um vencedor determinado: Jesus Cristo e você; e um perdedor definido: satanás e todo o seu inferno.

sexta-feira, novembro 09, 2012

Quem ama seu filho , disciplina ele!

Quem se nega a castigar seu filho
não o ama; quem o ama não hesita em discipliná-lo. (Provérbios 13.24 NVI).
Disciplinar nossos filhos certamente não é tarefa das mais fáceis.Muito menos prazerosa. Qual é o pai ou mãe, que ainda não sedeparou com seu pequeno dando o maior ibope num show depirraça em público? Provavelmente todos os pais já passaram por isso; ao menos uma ou duas vezes… E para supremo constrangimento dos genitores,quanto maior a platéia, mais longo é o espetáculo do herdeiro.
 Mas o que a Palavra de Deus nos orienta a fazer? Como a Bíblia nos ensina a disciplinar nossos filhos? O versículo citado no início deste artigo nos orienta a “castigar” os nossos filhos. “Quem ama o filho, não hesita em discipliná-lo”. Em Provérbios 29.15 a Palavra de Deus nos diz: “A vara da correção dá sabedoria, mas a criança entregue a si mesma envergonha a sua mãe”. Aqui o texto nos fala sobre ‘corrigir’.
Não devemos estimular os nossos filhos a ter um comportamento destrutivo ou inamistoso. O comportamento rebelde deve ser corrigido enquanto a criança ainda é pequena!
 No entanto, a criança deve ser castigada com amor! Pois a Bíblia também diz: “Quem ama”… E amados, aqui quero fazer uma séria advertência: Nunca, jamais, castigue um filho quando estiver impaciente ou irritado. É obrigação dos pais disciplinar os filhos. Mas sempre em amor!
 Uma chinelada no bumbum, de vez em quando, não vai fazer mal algum. Pelo contrário, ás vezes uma palmada pode ser um santo remédio!  Mas antes da palmada, tente conversar, explicar… No entanto, a Bíblia não nos orientaria a usar a vara, se de vez em quando não fosse realmente necessário usá-la. Algumas manhas e pirraças são realmente intoleráveis. E se permitirmos que os pequenos
se expressem livremente, não estaremos apenas envergonhando a nós mesmos, como pais. Mas também, estimulando nos pequenos um comportamento desrespeitoso com os demais.
 Ouvi outro dia, um pastor falando sobre a correção que teve que dar a um dos filhos. O menino tinha lhe desrespeitado e o pai falou que lhe daria três chineladas quando chegassem em casa. Quando chegaram a residência, o pai levou o menino para o quarto, conversou com ele, e explicou o motivo das três chineladas que ele lhe aplicaria.
Após a devida correção, ajoelhou com o filho e orou com ele. Explicando que não era do agrado dele castigá-lo, mas era necessário fazê-lo. E orientou o garoto a pedir perdão a Deus também, pelo seu comportamento desrespeitoso com os pais e com o Senhor. Está aí um bom exemplo do que é “castigar com amor”.
 No capítulo 29, versículo 17 do livro de Provérbios, também diz: “Discipline seu filho, e este lhe dará paz; trará grande prazer a sua alma”. Um dos grandes problemas da nossa época é a falta de limites. Os pais, muitas vezes para compensar longas horas ausentes de casa, acabam se tornando permissivos demais. Dando aos filhos uma liberdade que estes ainda não têm maturidade para ter. E na ânsia de agradar as crianças e compensar certas falhas, muitos pais acabam exagerando nos presentes, nas permissões e na falta de demarcação de limites.
 Nosso filhos são herança do Senhor. Responderemos a Deus pelos nossos atos, ações ou omissões como pais.
Uma criança precisa de amor, de afeto, de aconchego, acolhimento e limites! Mas limites dados por pais conscientes de seu dever cristão de educar e ensinar. Pais que “castiguem” com amor e em amor. Pais que compreendam que não é na base de gritos e violência física que se educa, mas sim, mediante rendição do próprio ser a Cristo Jesus.
Antes de “castigar” o seu filho pela rebeldia… Ore e peça ao Espírito Santo de Deus que lhe revele se essa rebeldia não foi plantada no coração dessa criança, por você mesmo… Ás vezes, a criança está apenas copiando um comportamento. Do pai, da mãe ou de ambos.
Também existe a possibilidade da criança demonstrar determinado comportamento rebelde em função da falta de atenção dos pais. Faz qualquer coisa para chamar a atenção… Briga, grita, chuta… Não se importa se receber umas palmadas, desde que esteja recebendo atenção. Isso também serve de alerta. Uma criança tem seus meios de comunicar as próprias carências. Muito cuidado para não estimular comportamentos agressivos com mais agressividade. Ás vezes, colocar no colo e dar atenção de qualidade, é tudo de que o pequeno precisa.
 Não grite com seu filho. Não agrida verbalmente. Não agrida fisicamente. Seu filho é um pequeno ser humano em desenvolvimento. Sempre que precisar castigá-lo, faça-o com amor. E explique o motivo do castigo para a criança. Ore antes e ore depois da “palmada”. Não dê brechas a Satanás para plantar ódio no coração do seu filho, dando lhe palmadas desnecessárias, ou gritando com ele. Discipline sim. Com firmeza. Mas com amor e no Senhor.
A questão da disciplina dentro da família encontra-se bem tratada na Palavra de Deus. E o Novo Testamento até a utiliza para demonstrar como Deus não age diferente dentro de sua própria família espiritual:
Vocês se esqueceram da palavra de ânimo que ele lhes dirige como a filhos: "Meu filho, não despreze a disciplina do Senhor, nem se magoe com a sua repreensão, pois o Senhor disciplina a quem ama, e castiga todo aquele a quem aceita como filho". Suportem as dificuldades, recebendo-as como disciplina; Deus os trata como filhos. Ora, qual o filho que não é disciplinado por seu pai? Se vocês não são disciplinados, e a disciplina é para todos os filhos, então vocês não são filhos legítimos, mas sim ilegítimos. Além disso, tínhamos pais humanos que nos disciplinavam, e nós os respeitávamos. Quanto mais devemos submeter-nos ao Pai dos espíritos, para assim vivermos! Nossos pais nos disciplinavam por curto período, segundo lhes parecia melhor; mas Deus nos disciplina para o nosso bem, para que participemos da sua santidade. Nenhuma disciplina parece ser motivo de alegria no momento, mas sim de tristeza. Mais tarde, porém, produz fruto de justiça e paz para aqueles que por ela foram exercitados. (Hebreus 12:5-11 NVI.)
Esse simples texto da Bíblia que lida com a questão da repreensão e castigo resume muito bem a essência da disciplina. O texto inteiro foi baseado no seguinte versículo de Provérbios: "Meu filho, não despreze a disciplina do SENHOR nem se magoe com a sua repreensão". (Provérbios 3:11 NVI) O Novo Testamento fez assim uma referência bem relevante, pois não há livro em toda a Bíblia que contenha mais orientação sobre disciplina de filhos do que Provérbios.
Um pai da Bíblia que corrigia os filhos — só com palavras
Se Provérbios é um livro que explica muito bem o que é a disciplina, então todos os pais mencionados na Palavra de Deus sabiam aplicá-la? Não. Nem todos os pais da Bíblia corrigiam seus filhos. Alguns escolhiam simplesmente a correção verbal, e nada mais. O sacerdote Eli, por exemplo, criou os filhos no sacerdócio e, quando se tornaram homens, eles cometiam freqüentemente pecados contra Deus. Eles estavam até violando os sacrifícios oferecidos a Deus na casa de Deus:
Os filhos do sacerdote Eli não prestavam e não se importavam com Deus, o SENHOR. Eles não obedeciam aos regulamentos a respeito daquilo que os sacerdotes tinham o direito de exigir do povo. Assim os filhos de Eli tratavam com muito desprezo as ofertas trazidas a Deus, o SENHOR. E para o SENHOR o pecado desses moços era muito grave. (1 Samuel 2:12,13a,17 NTLH)
Eli via os pecados de seus filhos e, como todo pai bonzinho, não ficava em silêncio. Ele sempre abria a boca para dar uma bronca neles.
"Eli já estava muito velho. Ele ouvia falar de tudo o que os seus filhos faziam aos israelitas e também que eles estavam tendo relações com as mulheres que trabalhavam na entrada da Tenda Sagrada. Então Eli disse: — Por que é que vocês estão fazendo essas coisas? Todos me falam do mal que vocês estão praticando. Parem com isso, meus filhos! Eu estou ouvindo o povo do SENHOR Deus dizer coisas terríveis a respeito de vocês! Se uma pessoa peca contra outra, o SENHOR pode defendê-la. Mas quem pode defender aquele que peca contra Deus?" (1 Samuel 2:22-24,25a NTLH, o destaque é meu.)
Há pais que se calam diante de pecados horríveis dos próprios filhos, nem ousando mencionar para eles que parem seu comportamento sexual errado, mas essa fraqueza Eli não tinha. Ele apontava os erros no nariz dos filhos. No entanto, a Palavra de Deus revela claramente a reação dos filhos de Eli às repreensões do pai e a reação do Senhor à desobediência e teimosia deles: "Mas eles não ouviram o pai, pois o SENHOR havia resolvido matá-los." (1 Samuel 2:25b NTLH)
Deus, em seu amor, faz visitações proféticas a Eli
Como sacerdotes do Senhor, tanto Eli quanto seus filhos conheciam muito bem a Palavra de Deus. Mas mesmo assim, os filhos de Eli estavam decididos a desobedecer à Palavra de Deus e ao seu próprio pai, e Eli estava decidido a não disciplinar ninguém — limitando-se no máximo a passar um sermão. Já que todos estavam assim decididos contra as ordens e conselhos da Palavra de Deus, Deus também resolveu decidir: ele decidiu que a solução para os filhos de Eli era a pena de morte.
Apesar de que Eli estava entristecendo muito a Deus pela sua falta de ação, Deus sempre demonstrou misericórdia, na esperança de que Eli pudesse se arrepender e finalmente assumir a postura de um pai que age. Através de mensagens proféticas, Deus deixou bem claro para Eli que ele queria muito mais do que só palavras. Se os filhos teimavam em desobedecer, a obrigação de Eli era, além de repreender, tomar medidas concretas. Foi nesse ponto que Deus mandou um profeta a Eli:
"Então um profeta procurou Eli e lhe deu esta mensagem de Deus, o SENHOR: —Eu me revelei ao seu antepassado Arão quando ele e a sua família eram escravos no Egito. Você sabe que eu os escolhi, entre todas as tribos de Israel, para serem meus sacerdotes, servirem no altar, queimarem incenso e usarem o manto sacerdotal na minha presença. E dei a eles o direito de ficarem com uma parte dos sacrifícios queimados no altar. Por que é que vocês olham com tanta ganância para os sacrifícios e ofertas que eu ordenei que me fossem feitos? Eli, por que você honra os seus filhos mais do que a mim, deixando que eles engordem, comendo a melhor parte de todos os sacrifícios que o meu povo me oferece? Eu, o SENHOR, o Deus de Israel, prometi no passado que a sua família e os seus descendentes me serviriam para sempre como sacerdotes. Mas agora eu digo que isso não vai continuar. Pois respeitarei os que me respeitam, mas desprezarei os que me desprezam. Olhe! Está chegando o tempo em que eu matarei todos os moços da sua família e da família do seu pai para que nenhum homem da sua família chegue a ficar velho. Você passará dificuldades e terá inveja de todas as coisas boas que vou dar ao povo de Israel, mas ninguém da sua família chegará a ficar velho. Deixarei vivo apenas um dos seus descendentes, que será meu sacerdote. Mas ele ficará cego e perderá toda a esperança. E todos os seus outros descendentes morrerão de morte violenta. Hofni e Finéias, os seus dois filhos, morrerão no mesmo dia, e isso será uma prova para você de que o que eu disse é verdade. Escolherei para mim um sacerdote fiel, e ele fará tudo o que eu quero. Darei a ele descendentes que sempre estarão a serviço do rei que eu escolher. E todos os outros descendentes de você que, por acaso, ficarem com vida terão de se curvar diante do rei para pedir dinheiro e comida e implorarão para ajudar os sacerdotes, a fim de terem alguma coisa para comer". (1 Samuel 2:27-36 NTLH)
Deus já havia decidido que a penalidade para as ofensas que os sacerdotes Hofni e Finéias estavam cometendo era a morte. Mas como Eli não queria cumprir sua responsabilidade como pai e como supremo sacerdote de punir severamente as maldades deles, a maldição e pena de morte que estavam sobre Hofni e Finéias cairiam sobre a família inteira de Eli. Deu até usou o menino Samuel para avisar Eli:
"E o SENHOR disse: — Eu vou fazer com o povo de Israel uma coisa tão terrível, que todos os que ouvirem a respeito disso ficarão apavorados. Naquele dia farei contra Eli tudo o que disse a respeito da família dele, do começo até o fim. Eu lhe disse que ia castigar a sua família para sempre porque os seus filhos disseram coisas más contra mim. Eli sabia que eu ia fazer isso, mas não os fez parar. Por isso, juro à família de Eli que nenhum sacrifício ou oferta poderá apagar o seu terrível pecado." (1 Samuel 3:11-14 NTLH)
Depois de tal repreensão divina, um homem sábio se prostraria diante de Deus, agradeceria sua visitação sobrenatural, pediria perdão e se comprometeria diante do Senhor a agir de acordo com a Palavra de Deus, castigando quem merecia ser castigado, mesmo que envolvesse um castigo de pena capital. Mas qual foi a reação de Eli quando Samuel lhe entregou o recado profético?
"Então Samuel contou tudo, sem esconder nada. E Eli disse: — Ele é Deus, o SENHOR. Que ele faça tudo o que achar melhor!" (1 Samuel 3:18 NTLH)
Em outras palavras, Eli quis dizer: "Se Deus quiser agir e fazer o que eu mesmo não estou fazendo, ele pode fazer o que ele quiser, mas eu não vou agir. Que Deus aja sozinho". Como se diz, ele tirou o corpo fora — não aceitando a chance de colaborar com Deus na ordem da família de Deus e na própria família dele! Ele queria simplesmente continuar tratando seus filhos adultos do mesmo jeito que ele vinha tratando-os desde a infância: sem lhes ministrar castigo físico.