O termo “reforma” tem sido evitado por muitos, exatamente por fazer
lembrar de movimentos ou pessoas extremistas que causaram prejuízos à
compreensão da graça maravilhosa de Cristo. Assim, milhares foram
conduzidos ao legalismo e, como conseqüência, uma vida triste e
espiritualmente fracassada.
Hoje, parece que algo diferente está acontecendo. Estamos ouvindo a
palavra “reforma” sendo anunciada como um “apelo urgente” pela própria
igreja. Mas estamos realmente necessitando de reforma? E, qual o
significado desta reforma?
Ao longo da história bíblica encontramos todos os profetas de Deus
pedindo reformas para o povo de Deus, ou seja, eles pediam mudança de
hábitos, práticas, ideias e teorias.
Sabemos que Deus tem um plano para cada área da vida humana. Sendo
assim, podemos fazer uma profunda avaliação para verificarmos se estamos
dentro do plano de Deus para cada área da nossa vida ou não. Observe de
forma rápida as principais áreas da vida humana e o plano de Deus:
1. Área espiritual – a Palavra de Deus na mente e no coração;
2. Área física – os oito remédios da natureza;
3. Área financeira – a proposta de fidelidade e gratidão (dízimos e ofertas);
4. Área social – o plano de desenvolvimento e crescimento integral;
5. Área emocional – a Lei Moral de Deus;
6. Área mental – a preservação da mente pela vigilância dos cinco sentidos;
7. Área laboral – a convocação para o serviço e missão de Cristo.
Isaías, um dos grandes profetas reformadores, fez o seguinte apelo ao
povo: “Ai dos filhos rebeldes, diz o SENHOR, que executam planos que
não procedem de mim e fazem aliança sem a minha aprovação, para
acrescentarem pecado sobre pecado! Que descem ao Egito sem me consultar,
buscando refúgio em Faraó e abrigo, à sombra do Egito! Mas o refúgio de
Faraó se vos tornará em vergonha, e o abrigo na sombra do Egito, em
confusão. Porque os príncipes de Judá já estão em Zoã, e os seus
embaixadores já chegaram a Hanes. Todos se envergonharão de um povo que
de nada lhes valerá, não servirá nem de ajuda nem de proveito, porém de
vergonha e de opróbrio” (Isaías 30:1-5).
O profeta revela a condição de rebeldia do povo e apresenta suas atitudes:
1. Executam planos que não são de Deus;
2. Fazem acordos sem a aprovação do Senhor;
3. Pedem conselhos para os egípcios;
4. Buscam a proteção e abrigo dos egípcios.
Em seguida, ele apresenta as consequências de preferir os conselhos e planos do Egito:
1. Ai dos filhos rebeldes, o refúgio do Egito se tornará em vergonha;
2. O abrigo se tornará em confusão;
3. Todos serão envergonhados.
Parece-me que o problema de Israel e sua realidade se assemelham ao
nosso. Necessitamos de mudanças urgentes para vivermos também a
experiência de renovação da vida espiritual, um avivamento das
faculdades da mente e do coração e uma ressurreição da morte espiritual.
Contudo, “a reforma não trará o bom fruto da justiça a menos que seja
ligada com o reavivamento do Espírito. Reavivamento e reforma devem
efetuar a obra que lhes é designada, e no realizá-la, precisam
fundir-se” .
O Espírito Santo é o único que pode nos conduzir às mudanças
necessárias em nossa vida para que, finalmente, como igreja, estejamos
com os pés e o coração dentro do grande plano de redenção de Deus. Sendo
assim, clamemos juntos pelo derramamento do Espírito sobre cada um de
nós para termos poder para vivermos a tão urgente experiência de
reavivamento e reforma.
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