JAPÃO E A RELAÇÃO COM O POVO JUDEU
A
teoria de que os japoneses são descendentes das Dez Tribos Perdidas foi
exposta pela primeira vez por N. Mcleod em Tóquio, por volta de 1870, e
mais tarde desenvolvida por outros pesquisadores.
De
acordo com a história japonesa antiga, os japoneses que imigraram para
as atuais ilhas e lá se estabeleceram eram tribos obscuras de origem
desconhecida. O reino que fundaram foi chamado de Yamato, palavra que
não tem um significado definitivo em japonês. Como se chamavam de
“Filhos dos Deuses dos Céus”, a palavra Yamato pode ter derivado da expressão aramaico-hebraica Ya-Umato,
que significa “Nação de D’us.” De forma semelhante, o antigo título
para os imperadores japoneses, Sumera Mikoto, é sugestivo do hebraico
antigo para “Sua Majestade Imperial de Samária”. Em 1930, o estudioso
japonês Dr. Jenricho Oyabe fez a suposição de que Mikado -- o imperador
japonês -- era descendente da tribo de Gad (enquanto os judeus que hoje
moram em Kyoto se dizem descendentes da tribo de Zebulon).
Outros sugerem que o termo “samurai” faz lembrar Samária.
Entalhes
preservados pelos samurais mostram os primeiros imigrantes vestidos de
maneira muito semelhante à dos antigos assírios; eles também observavam
ritos semelhantes àqueles observados pelos judeus.
O
primeiro rei conhecido do Japão era chamado Osee e reinou
aproximadamente em 730 a. C. Ele foi identificado com o último rei de
Israel, Oséias, que morreu mais ou menos na mesma época, isto é, durante
o exílio assírio das Dez Tribos de Israel. Há milhares de palavras
japonesas sem origem etimológica no japonês e que podem ter sua origem no hebraico antigo. Por exemplo:
Hebraico | Japonês |
Agum - triste, angustiado | Agumu - ficar deprimido |
Daber - falar | Daberu - bater papo |
Goi - um não judeu, estrangeiro | Gai - prefixo que designa um não japonês ou um estrangeiro |
Kor - frio | Koru - congelar |
Knesset - assembléia, (Parlamento) | Kensei - um governo constitucional |
Shena - sono | Shin - ir dormir |
Há
similaridades marcantes entre o hebraico antigo e a história japonesa.
Por exemplo, os antigos japoneses começaram sua história no ano de Kinoye Tora,
que pode ser interpretado como “alcançando a Toráh”, em hebraico. Da
mesma forma, muitas das leis promulgadas durante a era Taikwa (após a
ascensão do imperador Kotoku ao trono no século VII), com o propósito de
melhorar a administração civil e introduzir padrões mais nobres de
justiça social e ética, são surpreendentemente reminiscentes das leis
hebraicas do Velho Testamento: por exemplo, a nacionalização da terra, a
redistribuição da terra no sétimo ano (em contraste com o restante do
VelhoTestamento), a proibição de maltratar o próprio corpo quando velando os mortos.
A
reforma Taikwa pode ter sido um esforço dos sacerdotes Xintoístas para
reviver as antigas tradições Xintoístas (de origem israelita, de acordo
com essa teoria) como parte da luta contra o budismo.
Antiguidades
encontradas no Japão foram, da mesma forma, ligadas às fontes assírias e
judaicas. Foram observadas fortes semelhanças entre o antigo templo
sagrado dos israelitas, que abrigava uma parte conhecida como O Mais
Sagrado dos Sagrados e vários portais, e os templos xintoístas
japoneses. McLeod observa semelhanças entre as carroças e o gado visto
diariamente entre Otzu e Kyoto, e alega que “estas representam as
antigas carroças daquele período, e o gado representa os touros de
Bashan (bíblico). Essa raça de gado é muito mais forte e diferente de
todas as outras existentes no Japão”.
Os
cristãos da seita macuia (Makuya) empregam evidências históricas e
arqueológicas para provar que os hada, uma antiga tribo japonesa que
migrou da Ásia, são descendentes das Dez Tribos.
Também
acreditam que a família real japonesa se origina da tribo hada; próximo
a Koryuji, onde alguns descendentes dessa tribo vivem, pode ser visto
um poço com as palavras “O Poço de Israel” inscritas na sua lateral.
Membros da tribo yamabushi adoram seu deus nas montanhas e usam uma
cobertura para a cabeça chamada tonkin, que lembra os filactérios (Em Hebraico: Tefilin).
BIBLIOGRAFIA
Association of Shinto Shrines. Basic Terms of Shinto (Tokyo, 1958).
Aston, W. G., Shinto, The Way of Gods (London, Longmans, Green & Co., 1905).
Brinkley, F., A History of the Japanese People (New York: Encyclopedia Britannica Co., 1915).
Eidelberg, Joseph, The Japanese and the Ten Lost Tribes (Israel: The Sycamore Press, 1980).
Sansom, George. A History of Japan (Stanford: Stanford University Press, 1958).
McLeod, N., Epitome of the Ancient History of Japan (Tokyo, 1879).
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